foto Shirley Fraguas

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Kalil é novo presidente do Galo

Kalil é eleito presidente do Atlético-MG com 67% dos votos

"A voz da rua foi ouvida, então essa lenda que o Conselho não escuta a voz da rua acabou. A voz veio da torcida, e eu estou muito emocionado porque eu estou pensando muito no meu pai", observou o presidente eleito.

notícia do UOL Esportes


O Galo é o time da virada, o Galo é o time do amor e merece um presidente que também ame o time.

O time da Malu

Pela proximidade com o Rio de Janeiro, a cidade mineira de Juiz de Fora é conhecida no estado como esquina do Rio. E como todo mundo lá tem um pezinho na cidade maravilhosa, as pessoas acabam torcendo para o Flamengo, Vasco, Fluminense e por aí vai. Deve ser mais fácil encontrar torcedor da Cabofriense do que do Atlético e Cruzeiro.
Ontem, quando escrevi o post Meu Coração é Vermelho acabei cometendo um erro com a minha amiga Malu, de Juiz de Fora, que eu pensava ser Flamengo.
A Malu, diferente da maioria da população de Juiz de Fora, não é Flamengo, nem Vasco, nem Fluminense, muito menos Cabofriense.
Opa, pera aí, para os mineiros bairristas que já devem estar animadinhos, um aviso: ela também não é Atlético, nem Cruzeiro.
E aos juiz-de-foranos convictos outro aviso: ela não torce para o Tupi, pode até ter torcido por alguns dias, mas hoje não mais. Como também já deve ter sido vascaína pelo menos uma duas vezes, já foi Flamengo, Fluminense e nunca torceu por time nenhum de São Paulo. Ahh e antes que cometa outro erro, a Malu não é vira-folha, é torcedora mais fiel que muita gente por aí. A Malu é Romário, Romário Futebol Clube.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Meu coração é vermelho

Quando eu fazia faculdade aqui em Belo Horizonte, tinha uma menina na minha sala, a Keila, que é flamenguista. E flamenguista, não por simpatia, mas de coração mesmo.
Na final do campeonado carioca de 1995, não é que ela foi ao Maracanã assistir o jogo. Foi de arquibancada no meio da galera do mengão. Voltou com a derrota nas costas, ou melhor, na barriga de Renato Gaúcho que jogava pelo Fluminense, mas voltou feliz que nem criança. Diz ela, pra uma turma inteira de atleticanos e cruzeirenses embasbacados, que a final foi emocionante, gol cá, gol lá. E no gol do Flamengo, os mengos mais mengos que existem, aqueles negões gostosos de dois metros de altura, camisa velha agarrada no corpo e com meia dúzia de dente faltando na boca, abraçavam, jogavam ela pra cima, como se a conhecessem desde criança. E afinal, conheciam mesmo, eram irmãos de sangue rubro negro. E a Keila, adorava, se sentia mais Flamengo que nunca. Até que o Fluminense fez gol, aí era um tal de voar radinho de pilha na arquibancada e bateria rolando degrau abaixo. E ela se divertia com tudo isso e nem se importou com o resultado. No Mengão é assim, mesmo quando não rola olé no gramado, a galera dá show na arquibancada.

Esse vai para o Marco de Uberlândia, a Keila de BH, a Cris e a Malu de JF.




Ão ão ão, segunda divisão

Depois que vi Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atlético Mineiro e Corinthians na segunda divisão, como eles passaram pelo martírio e voltaram triunfantes para primeira, cheguei à conclusão que faz bem para os clubes. Se bem que o meu Galo continua com os mesmos problemas de administração que culminaram com a sua queda. Mas uma coisa é certa, esses times pararam de se achar imbatíveis e os cartolas param de achar que podem fazer o que quer, pois ninguém gosta de ser manchado como o que afundou o clube. É só ver o desespero do Eurico Miranda. Apesar de estar torcendo contra o Vasco por causa do Dinamite, na verdade o maior medo do vilão de São Januário é o Vascão cair e ele ser responsabilizado por isso. Vamos ao lado Pollyanna da história, cair pra série B dá uma baixada na bola e no futebol brasileiro isso é mais do que preciso.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ronaldinho Joga Bonito

Na torcida do Milan, uma bandeira rubronegra escrito Ronaldinho Joga Bonito.
E não era jogada de marketing, era mesmo homenagem justa ao ídolo que fez dois gols no jogo. Adoro ver jogo do Milan e vejo por causa do Kaka, Pato e Ronaldinho. Pena que o Lancelotti insiste em evitar que os três joguem juntos. No último jogo, quando Kaka entrou, o Pato saiu. Mas o Ronaldinho que está na dele e só quer saber de jogar, mesmo que ainda não tenha uma posição definida no time, dá show. Com direito a gol e samba.
Ronaldinho está colocando os durões italianos pra sambar e a vibração das arquibancadas mostra que eles estão gostando.

São Paulo 2 x 2 Palmeiras

Pareceu dois jogos diferentes.
Em um, o São Paulo deu show e abriu 2 gols. Parecia que ia ganhar fácil e se deu ao luxo de perder vários gol feitos de contra-ataque. Até que começou o outro jogo, com o Palmeiras partindo pra cima sem tomar conhecimento, fez um, fez outro e empatou o jogo diante de um São Paulo atônito com a reação.
No São Paulo, Rogério Ceni sempre soberano. No Palmeiras o atacante que literalmente passa como um tanque por cima dos marcadores. Vale cotovelada, empurrão, chute na canela, o Kléber pode fazer o que quer que nenhum juiz vê, ou finge que não vê. Assim, até eu.

Atlético 0 x 3 Cruzeiro

Todo clássico começa antes da bola rolar e ontem não foi diferente. O Cruzeiro fez o primeiro gol no vestiário do Galo. Foi gol contra do conselheiro Afonso Paulino que brigou no vestiário com Alexandre Faria antes do jogo. Será que eles não conhecem a máxima "se não pode ajudar, pelo menos não atrapalhe"?
Fico pensando o que cartola faz no vestiário, se aquece junto com o time ou define escalação.
Marcelo Oliveira é herói, não basta ter que treinar o time e agüentar pressão ainda tem que conviver com a incompetência de conselheiros, dirigentes e papagaios.
O Cruzeiro fez a parte dele, pressionou o Galo no início, fez o segundo gol ainda no primeiro tempo, segurou o resultado no segundo e ainda fez mais um nos acréscimos.

sábado, 18 de outubro de 2008

Atlético X Cruzeiro

Engraçado, ando achando tão estranha esta semana. Normalmente em semana de clássico quando o Cruzeiro está bem no campeonato e o Galo lá atrás, os cruzeirenses cantam vitória antes, falam que vão lotar o Mineirão. E nós atleticanos respondemos com o antigo bordão clássico é clássico e cuidado que o Galo é doido. Mas nesta semana anda todo mundo calado, apreensivo. Não sei se o efeito 3x0 no Flamengo atingiu em cheio os cruzeirenses, ou se até hoje eles são desconfiados do Adilson Batista e suas invenções maravilhosas. Talvez os dois. Eu só sei que depois da bela vitória da semana passada, se o Galo ganha mais essa, o ano vai terminar bem. Sim, porque diante de tanta confusão e desorganização não dava mesmo pra contar com título no ano do centenário. O time até começou bem, tinha boa base que só precisava de uns ajustes, mas aí vende vende atacante, vende meio de campo e o time foi se desmantelando. Do ano passado, só sobraram Juninho, Serginho, Rafael Miranda, Marcos e Leandro Almeida como titulares. Não dá pra montar, desmontar e remontar time durante a temporada e achar que vai dar em alguma coisa. Fluminense, Vasco e Ipatinga que o digam. Tá passando da hora do Galo ter uma administração séria e com um projeto a longo prazo. Clube nenhum aguenta viver sempre no pronto-socorro.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Em busca da seleção perdida

Uma vez eu li um livro que se chamava Em Busca do Paraíso Perdido de Marcos S. Queiroz. O livro dizia que o ser humano está sempre insatisfeito porque se envolveu numa busca eterna do paraíso, aquele mesmo de Adão e Eva. Quando vejo a seleção brasileira jogar, me sinto exatamente assim. Sempre falta alguma coisa. Uma hora falta o Kaká, outra hora falta o Ronaldinho Gaúcho. Tem jogos em que falta um centroavante como o Ronaldo, em outros falta qualquer atacante que seja pelo menos capaz de colocar a bola nas redes. Tem jogo que faltam volantes dignos de uma seleção brasileira, tem hora que falta o setor de meio de campo quase completo. A gente assiste um jogo e pensa: - falta brilho. Em outros momentos, quase perdendo a paciência com o marasmo do time: - falta raça. E quando a marcação adversária está forte e não acontece nada: - falta tática. Se o Robinho não está em campo, falta alegria. Se o Doni vai pro gol, falta goleiro. Aí a gente olha para as laterais e quase desespera: - Meu Deus, falta até Roberto Carlos e Cafu. E começa outro jogo, a gente insiste em assistir, termina jogo e lá está de novo aquela sensação de que está faltando alguma coisa. Até que olha pra beira do campo, consternado: - Falta cérebro.

domingo, 12 de outubro de 2008

Aos 45 do segundo tempo

O Fábio levantou uma questão, vou aproveitar e responder aqui.
Este blog é sobre futebol em geral, não apenas sobre o Galo.
Revelei meu time, porque sou de carne, osso e coração.
Acompanho o dia-a-dia de várias equipes, campeonatos brasileiros, italiano, espanhol e às vezes alemão que cá entre nós é um pouco chatinho. Também vejo Libertadores, Sul Americana e Copa do Mundo. Como é muita informação pra ficar dentro da minha cabecinha, resolvi compartilhar isso num blog. E me atrever a seguir o caminho de mulheres que falam de futebol como as grandes Soninha, Barbara Gancia e a jornalista mineira Márcia Lemos.

sábado, 11 de outubro de 2008

Atlético 3 x 0 Flamengo

O Atlético Mineiro jogou o primeiro tempo melhor do que o Flamengo e venceu por 1 a 0. Mas poderia ter sido mais tranqüilo se os jogadores do Galo tocassem a bola mais rapidamente. É impressionante como eles prendem a redonda até perder. Ou não sabem qual o posicionamento dos parceiros, ou alguém falou pra eles que são craques do nível do Maradona. No segundo tempo, o Galo tocou mais a bola e fez mais dois, se não tivesse errado tantas finalizações poderia ter feito mais. Mérito do Marcelo Oliveira que pedia ao time para trocar mais passes.

Ninguém mais fala sobre isso, mas acho que a derrota do Flamengo na Libertadores estragou o time na temporada. Parece que os jogadores não assimilaram a derrota e o time que vinha jogando tão bem, caiu incrivelmente de produção. Mesmo estando em quinto no brasileiro, parece que não tem força pra ser campeão.
Já sobre o Fluminense, o problema não é a derrota na final da Libertadores e sim a atitude da diretoria que montou um time para um só campeonato. Após a final, deixou a equipe perder o técnico e vários jogadores essenciais à excelente campanha no campeonato sul americano. Excelente sim, ficou em segundo e isso, no esporte competitivo como está, é um grande resultado.


Ainda sobre o jogo, o Caio Júnior, técnico do Flamengo, disse que não houve fair play do Galo no segundo gol, será que o time dele foi exemplo de fair play nos clássicos contra a gente na década de 80? E o que pensa do "fair play" do presidente rubro negro que dizia que o Flamengo vai ser campeão e que já estava preparando a festa?
O ex-árbrito Marsiglia afirmou que o Caio Júnior estava errado porque a posse de bola era do Atlético quando o árbitro parou o jogo. Parece mesmo que houve desespero do Caio para tentar justificar a derrota. Sempre o admirei como técnico, mas é uma pena que ele cometa o mesmo erro que tantos outros técnicos brasileiros de comentar um lance com o coração e não com a razão. Eu posso falar com paixão, mas um estrategista como ele precisa da razão para consertar os erros do time.

Coisa de Menina

Sou mulher, mineira de Belo Horizonte e resolvi criar este blog para expor meu amor pelo futebol, assumir o que dizem ser coisa pra homem. Quando brincava de bola com os meninos na rua, minha vó gritava: -Sandra, vem pra casa que futebol não é coisa pra menina. É vó, ainda bem que as coisas mudaram. Hoje até temos uma seleção brasileira feminina e com direito a melhor jogadora do mundo, grande Marta.
E hoje, posso até escrever um blog sobre esse esporte.

Futebol. Uma caixinha de lembranças.

Desde criança acompanho tudo de futebol. Desde o primeiro contato com a bola torço para o Galo, o Clube Atlético Mineiro. Posso dizer que isso está no sangue porque tanto meu pai, quanto minha mãe são atleticanos. E também posso dizer que foi amor à primeira vista, pois além de nascer na década em que o Atlético se tornou o primeiro campeão brasileiro, (o Galo acaba de fazer o segundo gol em cima do Flamengo no Maracanã, dever ser sinal de sorte para o blog) quando criança, meu pai me levava ao Mineirão para ver o time com João Leite, Luizinho, Cerezo, Éder e Reinaldo, só pra citar alguns (Leandro Almeida faz o terceiro para o Galo e a torcida do Flamengo, que lotou o estádio, começa a ir embora). A primeira Copa do Mundo da qual tenho lembrança foi a de 78 na Argentina, quando tinha 5 anos. Não lembro nitidamente dos jogos, mas dos comentários de que o Brasil havia perdido a Copa por culpa do Peru. Quatro anos depois, vi e chorei com o País inteiro ao ver o melhor time do mundo, dirigido pelo melhor técnico do mundo, perder também a Copa de 82. Desde cedo, aprendi que o futebol, assim como qualquer paixão, às vezes é esquisito. (Final de Jogo, Atlético Mineiro, mesmo em plena crise, faz 3 x 0).