foto Shirley Fraguas

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Hino Cruzeiro Campeão

Homenagem de uma Atleticana 




Hino do Cruzeiro - 1965 / Autor: Maestro Jadir Ambrósio



Existe um grande clube na cidadea cidade em questão é Belo Horizonte. Em 1965, quando o hino foi composto por Jadir, existiam 4 clubes na cidade que disputavam o Campeonato Mineiro: América, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Renascença. Mas a qual desses clubes o hino se refere?

Que mora dentro do meu coração - o autor do hino, o sambista Jadir Ambrósio, era mineiro de Vespasiano e Cruzeirense desde os tempos do Palestra Itália, por isso, aqui já podemos imaginar qual era o seu time de coração.

Eu vivo cheio de vaidade - Jadir estudou piano no Conservatório e compôs mais de 500 músicas, várias gravadas por artistas de sucesso como Luiz Gonzaga e Clara Nunes, mas a vaidade a que ele se refere não é por causa de seu sucesso como compositor.

Pois na realidade é um grande campeão - esse verso soa como resposta aos que duvidavam do potencial do time que entrou em grave crise financeira em 1952, teve que dispensar os jogadores profissionais e disputar os campeonatos com o time juvenil, tornando-se um clube amador. O Cruzeiro só voltaria ser campeão, na bola, em 1959 pelo Campeonato Mineiro. Tem uma ressalva que é o Mineiro de 1956, mas por uma decisão da justiça, Atlético e Cruzeiro tiveram que dividir esse título. O Cruzeiro perdeu 3 das 6 partidas disputadas nas finais com o Galo e empatou duas, mas recorreu à justiça, alegando que o Atlético usou um jogador irregular, que não tinha apresentado o certificado de reservista do Exército*.

*Por sempre usar artifícios jurídicos e políticos para conquistar e homologar títulos é que o mascote do Cruzeiro é a Raposa Astuta.

Nos gramados de Minas Gerais temos páginas heróicas, imortais até o ano em que o hino foi criado, o Cruzeiro já havia disputado a Taça Brasil nos anos de 1960, 1961 e 1962 e não venceu nenhuma delas. Até então, as únicas conquistas eram torneios municipais e estaduais disputados nos gramados de Minas Gerais, onde foram escritas as suas páginas heróicas e imortais.

Cruzeiro, Cruzeiro querido - segundo o Maestro Jadir, o hino, que é uma marchinha, foi feito para um concurso da rádio Guarani. Ele gastou 5 minutos para escrever a letra, enquanto estava passando pela avenida Afonso Pena. Na pressa para terminar o hino e inscrevê-lo no concurso, lembrou que ainda não tinha dito o nome do clube, por isso ele o fez duas vezes no mesmo verso. Em seguida colocou o querido, reforçando sua simpatia pelo clube.

Tão combatido, jamais vencido! - esse verso foi escrito para o maestro ganhar o concurso. Ele disse em entrevista que, assim que os diretores do Cruzeiro viram a letra, ficaram emocionados e optaram pelo hino de Jadir. Devem ter se lembrado das vezes que o time teve que mudar de nome e das perseguições aos italianos na época da II Guerra Mundial, já que a Itália era aliada da Alemanha e do Japão. O Cruzeiro, que nasceu da colônia italiana, de camisa verde e meias vermelhas e com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália, passou a usar a cor azul e o nome Ypiranga em 1942, e a partir do ano seguinte, com as cinco estrelas no peito, se tornou o tão combatido Cruzeiro do seu Jadir. 

Parabéns ao Cruzeiro, campeão brasileiro de 2013. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Conta pendurada



Paixões e ressentimentos à parte, a queda do Fluminense para a Série B seria uma questão de justiça.
Ninguém consegue esquecer que o Flu foi da terceira para a primeira divisão em 2.000 com a criação da Copa João Havelange. A CBF estava impossibilitada pela justiça de organizar o brasileiro e quem tomou as rédeas foi o Clube dos 13, que tratou logo de “resgatar” o Fluminense e o Bahia. O time baiano já pagou sua conta, agora só falta o CBFLU.