foto Shirley Fraguas

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Meu coração é vermelho

Quando eu fazia faculdade aqui em Belo Horizonte, tinha uma menina na minha sala, a Keila, que é flamenguista. E flamenguista, não por simpatia, mas de coração mesmo.
Na final do campeonado carioca de 1995, não é que ela foi ao Maracanã assistir o jogo. Foi de arquibancada no meio da galera do mengão. Voltou com a derrota nas costas, ou melhor, na barriga de Renato Gaúcho que jogava pelo Fluminense, mas voltou feliz que nem criança. Diz ela, pra uma turma inteira de atleticanos e cruzeirenses embasbacados, que a final foi emocionante, gol cá, gol lá. E no gol do Flamengo, os mengos mais mengos que existem, aqueles negões gostosos de dois metros de altura, camisa velha agarrada no corpo e com meia dúzia de dente faltando na boca, abraçavam, jogavam ela pra cima, como se a conhecessem desde criança. E afinal, conheciam mesmo, eram irmãos de sangue rubro negro. E a Keila, adorava, se sentia mais Flamengo que nunca. Até que o Fluminense fez gol, aí era um tal de voar radinho de pilha na arquibancada e bateria rolando degrau abaixo. E ela se divertia com tudo isso e nem se importou com o resultado. No Mengão é assim, mesmo quando não rola olé no gramado, a galera dá show na arquibancada.

Esse vai para o Marco de Uberlândia, a Keila de BH, a Cris e a Malu de JF.




Um comentário:

Unknown disse...

A nação rubronegra, agradeça a nossa colega.